Home / Notícias da Igreja / “A pobreza mais grave é não conhecer a Deus”, assegura Papa Leão XIV

“A pobreza mais grave é não conhecer a Deus”, assegura Papa Leão XIV

Em mensagem pelo 9° Dia Mundial dos Pobres, o Pontífice destacou que “o pobre pode tornar-se testemunha de uma esperança forte e confiável”.

A pobreza mais grave e nao conhecer a Deus assegura Papa Leao XIV 1

Cidade do Vaticano (16/06/2025 17:40, Gaudium Press) A Santa Sé divulgou a mensagem do Papa Leão XIV para o 9° Dia Mundial dos Pobres que será celebrado no próximo dia 16 de novembro e que seguirá o seguinte tema extraído do Salmo 71: ‘Tu és a minha esperança’. No texto, o Pontífice ressalta a virtude da esperança, destacando que “o pobre pode tornar-se testemunha de uma esperança forte e confiável, precisamente porque professada numa condição de vida precária, feita de privações, fragilidade e marginalização”.

O Santo Padre justifica que o pobre “não conta com as seguranças do poder e do ter; pelo contrário, sofre-as e, muitas vezes, é vítima delas. A sua esperança só pode repousar noutro lugar. Reconhecendo que Deus é a nossa primeira e única esperança, também nós fazemos a passagem entre as esperanças que passam e a esperança que permanece. As riquezas são relativizadas perante o desejo de ter Deus como companheiro de caminho porque se descobre o verdadeiro tesouro de que realmente precisamos”.

O simbolismo da âncora para os primeiros cristãos

Leão XIV assegura que “a pobreza mais grave é não conhecer a Deus”. Segundo ele, “embora importantes, todos os bens desta terra, as realidades materiais, os prazeres do mundo ou o bem-estar econômico não são suficientes para fazer o coração feliz”. Ele alerta que ao fato de que “frequentemente, as riquezas iludem e conduzem a situações dramáticas de pobreza, sendo a primeira dessas ilusões pensar que não precisamos de Deus e conduzir a nossa vida independentemente d’Ele”.

“A esperança cristã é certeza no caminho da vida, porque não depende da força humana, mas da promessa de Deus, que é sempre fiel”, afirmou. Em seguida explicou o simbolismo da âncora, que oferece estabilidade e segurança, utilizada pelos primeiros cristãos para identificar a esperança. “A esperança cristã é como uma âncora, que fixa o nosso coração na promessa do Senhor Jesus, que nos salvou com a sua morte e ressurreição e que retornará novamente no meio de nós”, escreveu.

Leao XIV visita os agostinianos no aniversario do prior geral 4

Somos chamados a criar novos sinais de esperança

Ressaltando que a “esperança nasce da Fé, que a alimenta e sustenta, sobre o fundamento da caridade, que é a mãe de todas as virtudes”, o Papa frisou a necessidade de caridade para os nossos dias. “Não é uma promessa, mas uma realidade para a qual olhamos com alegria e responsabilidade: envolve-nos, orientando as nossas decisões para o bem comum. Quem carece de caridade não só carece de Fé e Esperança, mas tira a esperança ao seu próximo”, advertiu.

“A pobreza tem causas estruturais que devem ser enfrentadas e eliminadas. À medida que isso acontece, todos somos chamados a criar novos sinais de esperança que testemunhem a caridade cristã, como fizeram, em todas as épocas, muitos Santos e Santas”, afirmou. Ele apresentou os hospitais e escolas como exemplos de “instituições criadas para expressar o acolhimento aos mais fracos e marginalizados. Eles deveriam fazer parte das políticas públicas de todos os países, mas as guerras e as desigualdades frequentemente ainda o impedem”.

Os pobres não são um passatempo para a Igreja

O Papa destacou ainda que “os pobres não são um passatempo para a Igreja, mas sim os irmãos e irmãs mais amados, porque cada um deles, com a sua existência e também com as palavras e a sabedoria que trazem consigo, levam-nos a tocar com as mãos a verdade do Evangelho”.

Segundo o Santo Padre, o Dia Mundial dos Pobres recorda às comunidades que os pobres estão no centro de toda a ação pastoral em sua dimensão caritativa e naquilo que a Igreja celebra e anuncia. “Todas as formas de pobreza, sem excluir nenhuma, são um apelo a viver concretamente o Evangelho e a oferecer sinais eficazes de esperança. Os pobres não são objetos da nossa pastoral, mas sujeitos criativos que nos estimulam a encontrar sempre novas formas de viver o Evangelho hoje”, frisou.

Nao ha grito que Deus nao ouca assegura o Papa Leao XIV 1

Combate às antigas e novas formas de pobreza

Leão XIV escreveu ainda que “ajudar os pobres é uma questão de justiça, muito antes de ser uma questão de caridade”. Por fim, recordou as seguintes palavras de Santo Agostinho: «Damos pão a quem tem fome, mas seria muito melhor que ninguém passasse fome e não precisássemos ser generosos para com ninguém. Damos roupas a quem está nu, mas Deus queira que todos estejam vestidos e que ninguém passe necessidades sobre isto».

Sua mensagem foi concluída desejando que “este Ano Jubilar possa incentivar o desenvolvimento de políticas de combate às antigas e novas formas de pobreza, além de novas iniciativas de apoio e ajuda aos mais pobres entre os pobres”. Ele também parabenizou as iniciativas já existentes que diariamente manifestam ao mundo o compromisso de um grande número de homens e mulheres de boa vontade. (EPC)

The post “A pobreza mais grave é não conhecer a Deus”, assegura Papa Leão XIV appeared first on Gaudium Press.